sexta-feira, 30 de março de 2012

O que foi que o mendigo disse?


Estava triste, desmotivado.
Sua mulher havia deixado de amá-lo.
Levantou da cama e vestiu-se naquela manhã de domingo.
Sem nada para fazer, saiu de casa e andou sem rumo.
Até aquele dia, nunca tinha reparado como era penoso viver sem amor.
Depois de andar durante horas, sentou-se à sombra de uma árvore frondosa no banco de uma praça, de cabeça baixa.

Ao seu lado, sentou-se um homem que, pelo seu aspecto,pareceu-lhe um mendigo.
Quase se levantou para seguir o seu caminho, mas o sorriso do homem o reteve.
Aos poucos, se estabeleceu um diálogo e uma animada conversa quese estendeu por horas.
Finalmente, o marido se levantou do banco, deixando dinheiro namão do mendigo.

Sua postura já estava diferente.

Agora, com passo enérgico, voltou para casa, tomou banho, fez abarba e se vestiu com todo cuidado.
Saiu sem dar explicações e sua mulher, que já não o amava, semostrou levemente curiosa com a sua nova atitude.
Voltou à noite, bem tarde.
No dia seguinte, cumprimentou gentilmente sua mulher e foit rabalhar.
Na volta, vestiu um short, calçou tênis e fez uma longa  caminhada noturna.

Dormiu com excelente disposição.
O dia seguinte foi igual, talvez melhor.
Sua mulher, que não o amava, e seus filhos se surpreenderam.Parecia ter perdido a tristeza.
Ganhara uma força e uma elegância que a família nunca antes tinha notado.
Continuou a ser gentil com a mulher mas nunca mais lhe pediu desculpas ou explicações, nem exigiu que fizesse amor com ele.
Passaram-se semanas.
A atitude do marido continuava firme e a disposição otimista instalou-se de vez.
A mulher sentia-se cada vez mais intrigada com a mudança miraculosa do marido e teve mais simpatia por suas novas atitudes, sábias emoderadas.
Embora ela persistisse em não amá-lo, ele melhorava seu desempenho como pessoa e como pai.
Agora, os amigos o procuravam.
Era evidente que tinha se transformado num homem sábio.

Quanto a mim, sou um sujeito profundamente curioso, talvez porser escritor e fui à mesma praça onde estivera o marido a fim de procurar omendigo.
Pude reconhecê-lo imediatamente.
Sem vacilar, sentei-me a seu lado.
Apresentei-me e perguntei o que ele tinha dito para o marido.

Sorrindo, o mendigo me respondeu:
"Ah, lembro... Não dei grande conselho.
Disse-lhe apenas que, com minha experiência de mendigo, aprendique nunca se deve pedir dinheiro e, pelas mesmas razões, jamais se deve suplicar amor.
Essas são duas coisa que sempre nos negam quando aspedimos".

E sorrindo, acrescentou:
"O dinheiro, a gente ganha; o amor se conquista".

Não me pediu nada.
Mesmo assim, agradecido, dei-lhe R$ 100,00
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Reflita sobre isso!

Um comentário:

Faby disse...

Amiga! Acho q ja virou meio clichê dizer q suas poatagens são ótimas, mas não da pra deixar de dizer né! rsrsrs. Simplesmente maravilhosa esta de sexta feira. Amei! Bjs!